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VÍDEO: “Paramos a viagem para trocar o pneu”: como é trafegar pela BR-158, a rodovia em pior estado da Região Central

VÍDEO: “Paramos a viagem para trocar o pneu”: como é trafegar pela BR-158, a rodovia em pior estado da Região Central

Fotos: Rian Lacerda (Diário)

Desviar constantemente e estar sempre atento aos buracos não é uma cena incomum para motoristas que usam a BR-158. Muito utilizada por caminhoneiros e importante escoamento da safra gaúcha, a rodovia está em péssimas condições. Durante o percurso de 63 quilômetros de Santa Maria a Júlio de Castilhos, achar motoristas com pneus furados, trechos perigosos e acostamento sendo usado como terceira faixa não é uma tarefa difícil.


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Rodovia em péssimo estado

Nos 16 km de Santa Maria a Itaara, há obras na via e sistema de pare e siga para obras de reforço das encostas, que vão totalizar R$ 226 milhões. A presença de buracos era pontual, e equipes do Dnit realizavam reparos emergenciais após as fortes chuvas.


De Itaara a Val de Serra, o trecho mais crítico, que tem 17 km. Com grande concentração de buracos, especialmente no sentido Norte, motoristas não têm saída nem como desviar. Com o uso constante do acostamento como desvio para os buracos, ficou perigoso para a enfermeira Jean Carla, 53 anos, e o marido, o funcionário público Marcos Rigão, 56 anos, trocar o pneu novo que estourou num buraco. O prejuízo foi ao retornar de Soledade após o feriadão de Corpus Christi.

– Estourou o pneu no buraco. Nós colocamos (o pneu) agora para viajar, faz uma semana. Paramos a viagem para trocar o pneu e tirar tudo do porta-malas. Fora o prejuízo, né? – diz ela, indignada.


Não muito distante dali, em um trecho de 50 a 100 metros, a reportagem contou cerca de 30 buracos. Para evitar prejuízos, motoristas realizam manobras arriscadas. Durante a gravação da reportagem, um caminhão chegou a invadir a pista contrária ao tentar fazer um desvio na pista contrária e quase colidiu com outro veículo que vinha no sentido de Santa Maria. Um terceiro caminhão, que seguia logo atrás, precisou sair para o acostamento, permitindo que o primeiro voltasse à pista e evitasse uma colisão frontal. Tirando o susto, ninguém ficou ferido.


Val de Serra e Júlio de Castilhos

O terceiro trecho percorrido foi entre Val de Serra e Júlio de Castilhos. Com cerca de 30 km, o percurso é dividido entre áreas em boas condições e trechos bastante danificados. Cerca de 6 km após Val de Serra, a via apresenta boas condições, com camada asfáltica mais nova e, em alguns pontos, ainda sem pintura. Após, em um trecho de mais 8 km, surgem novamente buracos, embora menos profundos do que os registrados entre Itaara e Val da Serra. No mesmo local, desníveis e buracos espaçados. A pista melhora na chegada a Júlio de Castilhos, onde equipes do Dnit atuavam em uma operação tapa-buracos.


5 resgates por dia

Em 20 anos trabalhando às margens da rodovia em Val de Serra, o borracheiro Elton Ferreira, 55 anos, nunca viu a BR-158 tão mal conservada. Em contrapartida, já vê aumento nos atendimentos. Segundo ele, principalmente até Júlio de Castilhos, são entre cinco e sete resgates por dia. O que considera fora do normal quando a via está em condições melhores.


– No mínimo, cinco por dia. Está fora do normal. É mais (complicado) para o lado de Júlio – afirma.

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